quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Bean: Um Autêntico Desastre (1997)

Não tinha planos de ver, fui apenas apanhado na teia do zapping.

Creio que já todos vimos, é um marco na comédia dos anos 90, o homem sempre à beira do desastre tem mérito na adaptação americana mesmo que púnhamos em causa todo o tipo de "americanização" que Hollywood já nos habituou.
Mr. Bean viaja até Los Angeles, à ordem da Royal National Gallery, como especialista em arte para colaborar na apresentação do quadro Mãe de Whistler. Para o receber, está David Langley e a sua família mas a "excentricidade" e irreverência de Bean não só os surpreende como pode condenar a apresentação do quadro. No filme, há ainda espaço para recriar sketches da série, desde a apatia de Bean num simulador, passando por brincadeiras desagradáveis na viagem para LA.
Entre as adaptações cinematográficas com mais expectativa na década, creio que foi mesmo esta a maior. Sentia-se a expectativa de ver o contacto de Bean com a cultura americana, ainda para mais: no grande ecrã. Peter MacNicol (Numbers) provou o seu talento na comédia, tendo ganho um Emmy mais tarde, com o seu papel em Ally McBeal. Bean é um verdadeiro marco que me fez reflectir sobre as suas proporções na altura: só há pouco tempo é que soube que teve apenas 19 episódios, que foram mesmo suficientes para emergir esta intemporal série da britcom. O que leva Bean a ecoar a gargalhada de tantas gerações? Não consigo responder, podia falar do humor físico (a agilidade de Rowan Atkinson), a infantilidade ou se formos mais profundos: a forma como encara a solidão (bem patente no fim do filme).
Fica para a história de comédia, o engenheiro electromecânico (sim, o curso que Rowan tem) que, ao volante de um mini, conduziu a sua personagem para situações caricatas inesquecíveis.